“Nunca atenda um celular que está carregando. Ele pode explodir no seu rosto”.

A chance de você já ter se deparado com um alerta destes é grande, já que mensagens assim vivem circulando por grupos de WhatsApp. Mas será que é verdade?

Como já deu para perceber depois de tantos casos de celulares pegando fogo, especialmente depois do defeito no Galaxy Note 7,  da Samsung, as baterias podem, sim, explodir.

As baterias são peças que armazenam energia e, para mantê-las estáveis, os elementos internos que controlam a temperatura precisam estar funcionando bem. E quando os celulares estão carregando ou em uso, a emissão de calor é maior.

Carregadores não-oficiais também podem ser responsáveis por um aquecimento adicional, porque nem sempre cumprem todas as normas de segurança estabelecidas pela Anatel.

Mas, apesar de os celulares esquentarem enquanto estão sendo carregados, isso não significa que o calor seja suficiente para fazê-los explodir, ressalta Fabio Castilhos, professor de tecnologia da informação do Senac. Pelo contrário, a possibilidade existe, mas é muito remota.

“Existem práticas, no entanto, que podem ser mais perigosas”, explica.

Segundo ele, quando o celular fica dentro do carro em um dia de muito calor, por exemplo, ele aquece muito acima do normal –bem mais do que quando está carregando e em uso. Por isso, não deixe o aparelho no painel ou no vidro, onde costumam ficar os suportes para smartphone.

Ainda assim, devido ao grande número de aparelhos em atividade, podemos considerar que, apesar do potencial explosivo, o fenômeno é bem incomum.

Segundo pesquisa feita anualmente pela Fundação Getulio Vargas de São Paulo (FGV-SP), divulgada em 2016, o Brasil tinha 168 milhões de smartphones. Mesmo se considerarmos que muitos não estão funcionando e só uma parte está em São Paulo, ainda assim seriam muitos aparelhos por aqui.

Mas, segundo o médico David Souza Gomez, responsável pela Unidade de Queimados do Hospital das Clínicas de São Paulo, “nunca ninguém que sofreu esse tipo de acidente” e recebeu atendimento no complexo. O Instituto Pró-Queimados também informou que “não tem registros de casos semelhantes” e que, até hoje, nunca houve uma ocorrência parecida.

Fonte: https: www.tecnologia.uol.com.br